Basta chegar os meses de junho e julho para iniciar a Festa Junina, contudo muitas instituições de ensino não a promovem, pois julgam ser uma festa destinada à santos católicos (São João, Santo Antônio e São Pedro).
Contudo vale lembrar que tal data comemorativa faz parte da cultura brasileira e deve trabalhada nas escolas a fim de manter viva a manifestação popular em nosso país.
Para que este festejo se torne comum nas escolas a comunidade escolar deve ser esclarecida acerca da origem da Festa Junina, possibilitando o envolvimento de toda a comunidade escolar.
Abaixo encontra-se uma reportagem que esclarece as questões acerca da origem da Festa Junina.
No dia 21 de junho - três dias antes do aniversário de nascimento de São João Batista - começa o verão no hemisfério norte. Esse dia é o mais longo do ano na metade do globo localizada acima da linha do equador. Esse fenômeno, conhecido como solstício de verão, era comemorado por povos ancestrais muito antes do surgimento das divindades cristãs. Rituais ligados à fertilidade do solo e à fartura das colheitas marcavam o evento. Nessas celebrações, acendiam-se fogueiras com o intuito de livrar as plantações dos maus espíritos. No século IV, a Igreja Católica adaptou esses costumes e passou a homenagear São João na Espanha, na França, na Itália e em Portugal. No século XIII, o dia 13 de junho passou a ser dedicado a Santo Antônio e o dia 29, a São Pedro. Trazido para o Brasil, o culto aos santos incorporou a dança.
A quadrilha é uma invenção inglesa do século XIII, aperfeiçoada pelos franceses e introduzida no Brasil pela corte de dom João VI nos anos 1800.
No passado as comemorações ocorriam exclusivamente no meio rural e os devotos rezavam novenas, faziam procissões e pagavam promessas - além de dançar, cantar e agradecer aos céus pela bênção das boas colheitas. Nesse sentido, o evento ficou associado, no imaginário geral do brasileiro, ao caipira, habitante do interior paulista e de parte de Minas Gerais e Goiás. Essa figura é retratada na ficção literária por Jeca Tatu, personagem de Monteiro Lobato imortalizado no cinema por Mazzaropi.
Atualmente as roupas caipiras foram trocadas por roupas sofisticadas, e as coreografias são para turista ver.
Contudo vale lembrar que em muitos rincões, no entanto, a dança ainda funciona como fator de união da comunidade e as apresentações se prestam, também, para arrecadar fundos para instituições beneficentes.


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